Meio sem entender, se desprende de uma espécie de casca um bicho meio estranho, meio mole e que anda se arrastando. Pouco depois ele percebe que faz parte de um grande aglomerado de coisas, as quais chamou de MUNDO. Com o tempo, percebeu que não era absoluto. Era uma lagarta, mas no mundo existiam outras lagartas como ela. Pouco a pouco foi aprendendo a conviver com as muitas diferenças de cada ser. A esse aprendizado chamou de VIDA. Como era difícil viver! Como era difícil aceitar e tentar corrigir seus erros. Mas era esse desafio que a fazia feliz. Ela amava a vida.
Certo dia parou para descansar no galho de uma árvore. Começou a sentir coisas estranhas com o seu corpo, que era a sua maior forma de expressão. Que coisa estranha. Parecia que ela estava se perdendo. À esse fenômeno estranho e novo deu-lhe o nome de MORTE. Se envolveu num véu branco. Mas que coisa diferente, parecia que era o seu fim. É isso. A morte era o seu fim. E ao que a lagarta chamou de fim, DEUS chamou BORBOLETA.
(Autor Desconhecido)
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