“... porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.” (Lucas 15: 24)
A palavra pródigo, literalmente significa: “dissipador, esbanjador, desperdiçador.”.
Como é difícil conviver com uma pessoa pródiga. Nessa parábola do filho pródigo, vemos 03 personagens. O filho mais moço, o pai, e o filho mais velho.
O filho mais moço por sua vez, achou por bem exigir herança dele na família, para poder “aproveitar” a vida, indo embora de casa. Ele achava que levar uma vida esbanjando, seria uma grande oportunidade de viver a vida.
Depois de algum tempo, a herança acabou, e o filho mais moço começou a colher os frutos da desobediência. Começou a padecer necessidades, e acabou se vendo disputando comidas de porcos para sobreviver.
O interessante, é que ele pôde encontrar nas alfarrobas dos porcos o caminho de volta ao lar. Às vezes Deus nos permite passar pelo vale das podridões, para poder reconhecer que estamos errados, e que podemos ter a chance de mudar a nossa história. Ele deseja o nosso retorno ao lar.
Eu fico imaginando a agonia e ansiedade daquele pai na espera da volta do seu filho. Ele esperava todos os dias a volta daquele filho, cheio de esperança e amor.
O dia chegou! O filho voltou arrependido, e aquela arrogância em exigir os seus bens por merecimento, se converteu em humildade, querendo ser aceito apenas como servo. Isso verdadeiramente bastava, pois ele se recordava do tratamento que seu pai dispensava aos seus empregados.
Essas foram suas palavras que brotou na agonia e saudade do filho mais moço pelo seu pai: Pai pequei contra o céu e diante de ti, já não sou digno de ser chamado de filho; trata-me como um dos seus trabalhadores.
O pai IMEDIATAMENTE se levantou, correu e foi abraçar beijar e chorar com o seu filho.
A alegria do pai foi tão grande, tão intensa que ele disse: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o pondo-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai um novilho cevado. Comamos e regozijemos-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
Roupas novas, anel no dedo e sandálias nos pés, significava naquele tempo, que a pessoa não era escrava de ninguém, era sinal de autoridade. Seu pai não o queria como servo, e sim como co-herdeiro das coisas que pertencia a ele.
Aquele momento de alegria na vida do pai foi tão importante quanto ao arrependimento e a volta do filho mais moço. A alegria naquela casa voltou a ser completa, pois para o pai o filho estava de volta transformado, arrependido e vivo.
Ao chegar em casa o filho mais velho revelou a sua revolta por ter o seu irmão de volta, pois segundo ele, o pai não estava valorizando a sua dedicação. O filho achava um desperdício gastar tanto na festa de seu irmão. Ele achava que o irmão mais novo não merecia tamanha honra. Mas o pai procurou conciliar os sentimentos do filho mais velho, e o tratou com o mesmo amor com que tratara o filho mais moço;
O pai disse ao filho mais velho: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
O pai quis mostrar para o filho mais velho, que a vida do filho mais moço, era mais valiosa do que toda a sua riqueza.
O irmão mais moço era pródigo por dissipar a sua fazenda, o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão.
Vejamos a diferença entre os dois filhos pródigos: O primeiro levantou-se e foi ter com seu pai, confessando os seus pecados, sem exigir nada, tão somente a sua admissão como servo. O segundo indignou-se e não quis entrar para abraçar o irmão, apresentando suas razões egoístas. O pródigo ajunta tudo, leva tudo, mas ao voltar nem os amigos o acompanham. SOMENTE o pai se levantou e correu para abraçá-lo.
Se você meu irmão é um irmão mais velho, você é um que “ficou em casa”, e acha que “jamais transgrediu alguma ordem do pai.” E que por isso se sente "merecedor" de alguma coisa, eu quero te dizer, não despreze seu irmão quando ele voltar arrependido, confessando os seus pecados. Caso contrário, você será mais um pródigo dentro de casa (igreja), impedindo as bênçãos de Deus sobre sua vida e o DIREITO de seu irmão voltar a ter paz com Cristo e com a igreja (sua casa).
As músicas estão tocando, a festa está cheia de alegria, pois o tempo de retornar do filho chegou com arrependimento e salvação. Portanto podemos escolher: ou entramos na festa e nos alegramos nos servindo desse banquete, ou ficamos do lado de fora, sem abraçar o nosso irmão e o nosso Pai.
Sem Amor nada Aproveita!